sábado, 13 de fevereiro de 2010

Professora discutia promoção antes de matar três a tiros em universidade dos EUA


Um pedido de promoção negado pode ter levado a professora de Biologia Amy Bishop, 42, a matar a tiros três colegas e ferir outros três funcionários da Universidade do Alabama, em Huntsville, nos Estados Unidos. Bishop foi presa pouco depois do crime, na noite desta sexta-feira, e indiciada. Caso seja condenada, Bishop pode receber sentença de pena de morte.

A polícia investiga o crime, mas os primeiros indícios indicam que a promoção de Bishop, admitida pela universidade como professora assistente em 2003, era o tema da reunião de professores durante a qual a bióloga abri fogo contra os colegas.

O marido de Maria Ragland Davis, uma das vítimas do ataque, contou que sua mulher foi à reunião para discutir se Bishop deveria obter a promoção para um status que garante estabilidade no emprego.

A universidade relatou a Sammie Lee Davis que Bishop ficou brava e começou a atirar. Ele alega que sua mulher já havia comentado sobre o estranho temperamento de Bishop, que "não consegue lidar com a realidade" e "não é tão boa quanto pensa".

O relato contraria, contudo, depoimento de alguns dos alunos.

Um deles, Andrew Cole, estava na aula de anatomia de Bishop na manhã desta sexta-feira e disse que ela parecia perfeitamente normal. "Ela é compreensiva e se preocupava com os alunos", disse. "Eu nunca imaginaria que ela fosse capaz de algo assim".

Nenhum estudante ficou ferido no tiroteio, que aconteceu em uma comunidade conhecida pelas indústrias espaciais e de tecnologia.

O porta-voz da universidade, Ray Garner, identificou as outras vítimas como Gopi K. Podila, chefe do Departamento de Ciências Biológicas, e Adriel Johnson.

Os feridos são, ainda segundo Garner, membros do departamento Luis Cruz-Vera, que está em estado estável de saúde, e Joseph Leahy e Stephanie Monticello, que estão em estado grave e sendo atendidos na UTI.

Bishop foi levada algemada na noite desta sexta-feira à delegacia e, segundo a agência de notícias Associated Press, parecia não acreditar na morte dos colegas. "Não aconteceu. Não tem como. Eles ainda estão vivos", disse.

A polícia disse que entrevista também um homem, como "pessoa de interesse" para o caso.

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