terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Séries médicas distorcem procedimentos de primeiros socorros


A conclusão, que levanta uma preocupação sobre o tipo de mensagem que esses programas passam para o telespectador, foi resultado de horas e horas gastas pelos pesquisadores da Universidade Dalhousie, em Halifax, assistindo a centenas de episódios.

Em 59 ocasiões, os personagens tiveram de lidar com convulsões de epilepsia – e em apenas 17 delas, ou menos de 30%, a reação foi correta.

"Não examinamos exatamente como a televisão exerce seu impacto sobre o público. Mas nosso medo é que as pessoas assistam a esses programas, vejam os enfermeiros e médicos respondendo a convulsões dessa forma e reajam de modo semelhante se algum dia estiverem diante da mesma situação", disse um dos coordenadores do estudo, Andrew Molar.

"Se eles responderem da maneira como eles sempre veem na televisão, pode ser um evento dramático."

As diretrizes médicas mais atualizadas recomendam que, diante de uma crise convulsiva de outra pessoa, o socorrista procure primordialmente evitar contusões e pancadas: por exemplo, afastando os objetos de perto do paciente e colocando um travesseiro sob a sua cabeça.

Outra recomendação é virá-lo de lado para que a secreção da boca não entre nas vias respiratórias e cause engasgamento.

"E uma das coisas mais importantes", diz Andrew Molar, "é ficar ao lado da pessoa até ela retornar ao nível de consciência original."

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