sábado, 27 de fevereiro de 2010

Chile é uma das zonas de maior atividade sísmica do mundo


O Chile está situado em uma das zonas de atividade sísmica mais intensas do mundo, sobre o ponto de convergência de duas grandes placas tectônicas, o que provoca terremotos de 8 graus de magnitude a cada dez anos, aproximadamente, disse neste sábado à AFP Rolando Armijo, do Instituto de Física do Planeta.

A superfície da Terra é dividia em placas tectônicas, que se movimentam e vão de encontro umas às outras. Em várias regiões costeiras, as placas oceânicas deslizam sobre as placas continentais, configurando o que os sismólogos chamam de zona de subducção.

"As zonas de subducção são as regiões do globo mais expostas a riscos sísmicos e aos tsunamis", destacou Armijo, especialista em placas tectônicas do Instituto de Física do Planeta de Paris. "O Chile é um laboratório natural único para estudar os terremotos, pois a velocidade dos movimentos das placas ali é enorme", explicou o cientista, que tem origem chilena.

O perímetro do Oceano Pacífico é uma zona de subducções particularmente ativa em termos sísmicos. Os terremotos são frequentes e violentos da área que vai do Chile ao Alasca e do Japão à Nova Zelândia, passando pelos arquipélagos da Indonésia e das Filipinas.

"Sabíamos que aconteceria um terremoto em uma região como o Chile, mas é muito difícil fazer previsões a curto prazo", indicou Armijo. "Agora faremos a "autópsia" deste sismo e determinaremos se havia sinais" que permitiriam tê-lo antecipado.
O terremoto mais forte da história ocorreu justamente no Chile, em 22 de abril de 1960: um tremor de 9,5 graus na escala Richter, na região de Valdívia. Este gigantesco sismo rompeu mais de 1 mil km de contato entre duas placas ativas, a oceânica, chamada de Nazca, e a da América do Sul. O terremoto provocou um tsunami cujos efeitos devastadores foram sentidos em todo o Pacífico.

A intensa atividade sísmica do Chile é resultado da convergência muito rápida da placa de Nazca, que varia entre sete e oito centímetros por ano, e de sua subducção sob a costa oeste do continente sul-americano, que pode ser marcada pela linha da cordilheira dos Andes. "O centro do Chile é uma área muito sensível", afirmou Armijo.

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