domingo, 21 de fevereiro de 2010

Descoberta aranha gigante que faz teia de um metro


Uma nova espécie rara de aranha gigante que produz teias orbiculares de até um metro de diâmetro foi descoberta na África do Sul e Madagascar. Em estudo publicado na revista científica PloS One, os pesquisadores anunciaram a descoberta da espécie Nephila komaci.

Apenas as fêmeas são consideradas gigantes, com corpo de 3,8 centímetros e diâmetro entre as pernas de até 12 centímetros de tamanho. O macho é considerado pequeno, com tamanho até cinco vezes menor. A teia pode chegar a até um metro em diâmetro.

As aranhas de teias orbiculares são um grupo abrangente de animais, conhecidos pela forma circular em que tecem a sua teia. A nova aranha foi identificada pelo biólogo esloveno Matjaz Kuntner, que trabalha na Academia Eslovena de Ciências e Artes, e por Jonathan Coddington, do museu de História Natural do Smithsonian Institution, em Washington.

Kuntner disse à BBC que a descoberta é "muito incomum", já que o gênero Nephila é muito estudado e era pouco provável que uma nova espécie fosse encontrada dentro do gênero. Ao se deparar com os animais gigantes, os cientistas não tinham certeza se eles eram de fato uma nova espécie, ou se eram apenas variações gigantes de outras espécies conhecidas.

O primeiro espécime analisado pertencia a um colecionador em Pretória, na África do Sul. Ele foi analisado pela primeira vez em 2000. Ao pesquisar mais de 2,5 mil espécies em 37 museus, nenhuma aranha semelhante foi achada, e o pesquisador concluiu que ela estava extinta.

Mas quando um colega achou outras três aranhas idênticas na África do Sul, o cientista concluiu que se tratava mesmo de uma nova espécie. A descoberta permitirá que cientistas estudem a diferença de tamanho entre as espécies do gênero Nephila.

Kuntner acredita que, por pressões ligadas à evolução e à sobrevivência, as fêmeas sofreram de "gigantismo", para que elas pudessem produzir um número maior de crias e garantir a perpetuação da espécie. Os dois pesquisadores temem que a espécie possa estar perto da extinção.

"A quantidade é restrita e os lugares onde as encontramos estão em dois ambientes de biodiversidade ameaçada: (na região sul-africana de) Maputaland e em Madagascar", afirmou Coddington. A aranha foi batizada em homenagem a outro cientista amigo de Kuntner, Andrej Komac, que morreu em um acidente.

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