domingo, 14 de fevereiro de 2010
Os ensinamentos baseados no BBB
Muita gente torce o nariz para o programa, considerando-o alienante, fake, inútil e afins. Há, ainda, quem jure de pés juntos que não perde tempo com esse “tipo de coisa”, mas tem na ponta da língua o nome de todos os participantes e as falas das discussões mais acirradas. E, é claro, existem milhões de pessoas que simplesmente encaram o Big Brother Brasil como pura diversão e se jogam na frente do sofá sem medo de serem felizes. Seja qual for a sua opinião sobre o reality show mais famoso do Brasil, é bom saber que o programa tem, sim, utilidade pública.
Em atrações como o BBB, os participantes aprendem a lidar com conflitos, estresse, dificuldades, diferenças, amizades, amor, afeto, sexualidade e outras situações. “Alguns têm habilidades inatas para lidar com as emoções mencionadas e “se dar bem”; outros não conseguem resistir à pressão emocional do jogo. No entanto, de um modo ou de outro, esse é um bom meio para desenvolver atitudes e habilidades diferenciadas”, explica a psicoterapeuta Fortunée Josiane Zagha, de São Paulo. Ao se tornar uma espécie de “pastiche da realidade”, o programa pode ensinar muitas informações úteis aos telespectadores – desenvolver determinadas habilidades, por exemplo. “É como se os concorrentes estivessem trabalhando em um grupo empresarial, vivendo em casa com a família ou então em qualquer grupo que impusesse normas e regras para o desenvolvimento de um projeto em comum. Porém, a diferença é a intensidade, pois no BBB os relacionamentos acontecem em uma velocidade muito maior e mais impactante, pois tem um meio acelerado de exposição que não ocorre na realidade”, comenta Fortunée.
Para a especialista, o programa chama a atenção de todos, cada qual atraído por alguns momentos e personagens, o que é positivo por mostrar modelos de comportamento aceitáveis e inaceitáveis, que podem ser discutidos e utilizados ou apenas rejeitados. “Não devemos esquecer que habilidades acompanham o desenvolvimento de cada pessoa e que situações diversificadas podem ajudar a manifestá-las na realidade. Também não devemos ignorar que cada participante tem personalidade com características diversas e habilidades que podem ou não ajudar o enfrentamento da realidade”, pondera.
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