Dirigentes do diretório acadêmico da Universidade Estadual Paulista (Unesp) rastreiam a internet em busca de fotos ou vídeos e estimulam denúncias que comprovem a cena de sexo explícito durante uma festa de recepção de calouros.
A cena, segundo relato de parte das testemunhas, ocorreu na noite de segunda-feira (1º) em uma boate da cidade. Essas testemunhas disseram que um casal trocou carícias em um 'amassódromo' localizado atrás do posto do DJ e depois, parcialmente livres das roupas, fizeram sexo no sofá. Ao perceberem que estavam sendo observados, eles levantaram e foram embora.
"Dos meus amigos, todo mundo fala que ficou sabendo, mas ninguém viu", disse ao G1 um estudante do 1º ano de odontologia. Ele esteve em frente à boate, mas diz que não entrou porque estava de mudança. "Estão procurando quem é que participou da cena. Não sabem se são estudantes de odonto ou de veterinária. Todos os universitários estão falando disso", afirmou.
"Estamos buscando vídeo, foto ou denúncia anônima que nos mostre para que a gente possa ter a constatação dos fatos", disse o presidente do diretório, Carril Constante Ferreira, de 24 anos. "Para nós é inconcebível que isso tenha ocorrido. Não sei nem o que dizer", disse o dirigente estudantil.
Outro estudante que disse ter ficado durante todo o tempo ao lado do DJ afirmou que viu um casal trocando carícias ali perto, mas nada mais que isso.
"Atrás da cabine do DJ tem local mais reservado e tinha um casal se pegando, mas não tem nenhuma foto nem filmagem. Se rolou alguma coisa, não teve nada registrado. Conversei com o pessoal, com o DJ e ninguém viu nada", afirmou. "Inventaram uma história nada a ver que queima o nome da faculdade e da boate", afirmou.
O dono da boate, que pediu para não ser identificado, afirmou que o estabelecimento foi arrendado para os estudantes. "Estava em viagem pelos Estados Unidos e cheguei hoje. A pessoa que fez a denúncia tem que provar", afirmou. Segundo o empresário, o local onde ocorreu o episódio não é coberto por câmeras de segurança. "Me falaram que tem filmado no celular, mas eu não vi", afirmou.
Procurada pelo G1 na tarde desta quarta-feira (3), a Unesp informou que não há novas pistas sobre o episódio e reiterou a nota segundo a qual a Faculdade de Odontologia "busca informações preliminares para avaliar a veracidade de afirmações sobre envolvimento de acadêmicos nos alegados fatos e, em caso afirmativo, se suas circunstâncias estão ou não no âmbito da competência legal da instituição".
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