quarta-feira, 31 de março de 2010

Morte de catador de latas sueco causa briga por herança milionária



A família de um sueco que havia passado as três últimas décadas de sua vida catando latas vazias nas ruas da cidade de Skellefteå, no norte da Suécia, acabou tendo que brigar na Justiça para dividir uma inesperada fortuna deixada por ele, informou a imprensa sueca. De acordo com os jornais suecos, Curt Degerman, conhecido como "Burk-Curt" ("Curt da Lata", em tradução livre) pelos moradores de Skellefteå, era uma figura solitária, que circulava pelas ruas em uma bicicleta velha, recolhendo latas e garrafas das latas de lixo da cidade.

Mas quando morreu em 2008, aos 60 anos de idade, os familiares descobriram que ele tinha deixado uma herança de mais de 12 milhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 1,4 milhão). O que ninguém sabia era que, quando não estava vasculhando as latas de lixo, Curt ia à biblioteca da cidade para ler o noticiário financeiro dos jornais e estudar o mercado de ações. "Ele ia à biblioteca todos os dias, porque não comprava jornais", disse um primo de Curt, Torgny Tjernlund, ao jornal sueco Expressen na época de sua morte. "Ali ele lia o Dagens Industri (o principal jornal financeiro da Suécia). Ele sabia tudo sobre as ações da bolsa", acrescentou.

No banco, tinha quase 47 mil coroas suecas. Curt também tinha casa própria, o que elevou o valor total de sua herança para 12.005.877 milhões de coroas. Em seu testamento, Curt Degerman deixou toda a sua fortuna para Torgny Tjernlund, o primo que costumava visitá-lo regularmente em seus últimos anos de vida. Mas ao tomar conhecimento da surpreendente herança, um tio de Curt decidiu contestar nos tribunais o direito do primo de herdar a fortuna sozinho. Pela lei sueca, o tio tinha de fato direito de herdar o dinheiro do sobrinho. Depois de aproximadamente duas horas de negociações, os dois concordaram em dividir a fortuna - mas nenhuma das partes revelou o teor do acordo. "Curt da Lata" morreu de um ataque cardíaco enquanto dormia, em outubro de 2008.

Fonte: G1

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