segunda-feira, 5 de abril de 2010

Falta de combustíveis deve afetar 33% da população mundial em 2020



O presidente do México, Felipe Calderón, declarou que a geração e o consumo irracional de energéticos deixará um terço da população mundial sem combustíveis fósseis (como a gasolina) em 2020. "Atualmente calcula-se que bilhões de pessoas precisam de combustíveis modernos e esse número poderia subir a mais de um terço da população mundial em 2020", disse o governante mexicano.

No encontro internacional que começou nesta terça e vai até quarta na turística Cancún, no caribe mexicano, Calderón pediu aos países produtores e consumidores para modificarem os padrões da geração e o consumo de energia. "O momento de atuar é agora se quisermos diminuir os efeitos da mudança climática. Devemos entender que o compromisso com o ambiente e com a sustentabilidade não deve se opor ao desenvolvimento", assinalou o presidente mexicano. Calderón lembrou que o aquecimento global causou um aumento na quantidade de furacões nas costas mexicanas, as maiores inundações e as piores secas registradas nos últimos 70 anos.

"Por isso, o México está comprometido em ser parte da solução do problema do aquecimento global. O governo do México propôs que, para 2012, ao menos 26% da energia gerada do país provirá de fontes renováveis", assegurou o governante mexicano.

Calderón destacou que, apesar de ser um país petroleiro, o México fica atualmente dentro dos 15 países do mundo com maior geração de energia eólica. Por sua parte, o secretário-geral do FIE, o holandês Noé Van Hulst, pediu aos presentes o "compromisso" de gerar confiança e poder atender os temas centrais que fazem parte da agenda de trabalho na reunião de Cancún. Hulst acrescentou que o FIE é a organização mais abrangente e aberta no segmento, e tem um enorme potencial --por isso é o momento de aproveitar este potencial. O holandês insistiu que "é fundamental que os governos, as empresas, todos os atores envolvidos possamos ter um marco aberto sobre segurança energética mundial".

Fonte: Folha

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