sábado, 30 de janeiro de 2010

Pelo menos 2 mil já foram amputados no Haiti, informa ONG



Pelo menos 2 mil pessoas perderam seus membros ou passaram por necessidade de amputação após o forte terremoto que atingiu o Haiti neste mês, um número maior do que o registrado em um desastre semelhante no Paquistão em 2005, segundo a ONG Handicap International. O esforço conjunto de ONGs e entidades de voluntariado é fazer com que os inscritos em programas de reabilitação sejam reintegrados à comunidade de forma rápida. As informações são da BBC.

"Em certos hospitais, vimos de 30 a 100 amputações por dia", disse um porta-voz da OMS, Paul Garwood, em comunicado à imprensa no início desta semana.

No entanto, o grande problema enfrentado pelas entidades de ajuda é que as comunidades foram destruídas pelo terremoto, exterminando centros de saúde e postos comunitários das localidades haitianas. Além disso, outro desafio é garantir que os deficientes não percam lugar na fila dos alimentos doados pela comunidade internacional.

"Estou 100% certo que o Haiti não tem os recursos humanos para agilizar esse processo", disse o Dr. Henriette Chamouilles, diretor da Organização Mundial da Saúde no país. "Não temos fisioterapeutas suficientes. Temos de garantir suprimentos médicos e assegurar que os pacientes amputados sejam registrados conosco", afirmou à BBC.

Chamouilles é um dos muitos especialistas que temem que as pessoas com membros amputados sejam esquecidas sem o apoio internacional a longo prazo. Os deficientes sobreviventes viraram um grande problema após a catástrofe, acrescentou o médico.

O Haiti, país mais pobre das Américas, foi atingido por um terremoto de 7.3 graus na escala Richter no último dia 12 de janeiro. Foi o mais forte sismo a atingir o território haitiano nos últimos 200 anos.

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